Em uma noite, deitada em minha cama,
Sinto lágrimas escorrendo lentamente pelo meu rosto.
Tão geladas e amargas entram pela minha boca,que como um veneno amargo vai me queimando num frio congelante...
Desce ardendo pela minha garganta e como se fosse propício, chega ao meu coração.
Tão machucado e sem força, aceita- o como uma criança perdida e desiludida.
Atinge meu ser como uma droga letal e se infiltra no meu cérebro, despertando as memórias e criando ilusões.
Estaziada, por um momento, eu permaneci.
Não havia mais lágrimas em meu rosto e nem feridas no meu coração.
Não sei de onde veio, mas resgatado pela memória, lembro-me que uma vez, só mesmo uma única vez, ouvi os lábios dele dizendo "eu te amo"
Mas nada dura para sempre...
Então voltam- se as lágrimas, e as feridas aumentando cada vez mais.
Mas como da última vez, seu veneno chorado por mim mesma, acaba me matando aos poucos...
E sua droga imaginária me vicia na dor, pois só assim, sofrendo por um amor, posso senti-lo perto de mim...