O que me habita neste momento?
Um luar de prata, um cordão d'oiro;
uma meiga prece, um caminho fechado...
O que vive aqui dentro de mim?
Se saem apenas, versos descompassados,
Versos que contenho e me embriago...
como gotas de fel dentro de mim.
Ah! me sinto assim, perdido neste cais!
Profanando meus gritos de prazer,
se já o sei, não os tenho mais...
Embriago meus dias com poesias,
Noites em agonias, vêm me ocultar.
Quando choro o conflito dos ilimitados...
Jazi ali mesmo, cansada sem meus "eus"
Por meles que vertem-se de mim,
Ofusco o meu peito e grito assim:
Sê bem-vindo, "sentimento meu".
Ametista*