Percepção.
Íris Galvão.
Eu vejo
com olhos cansados
a fome nos ossos,
nos ossos do ofício
dos desamparados...
Eu ouço
com ouvidos alerta
o som das barrigas,
o choro silente
de quem erra e acerta,
do ser diferente,
que é gente somente!
Eu provo
o sabor da injustiça,
o gosto-desgosto
das dificuldades...
e engulo mentiras,
sabendo verdades!
Eu toco
no que guardo de pura,
no meu eu escondido
e o percebo um amigo
em eterna procura...
Eu sinto
que o buscar incessante
pelo que não entendo,
pelo que não está perto,
me transforma no errante
mais lúcido e certo!
<br />Percepção.
Íris Galvão.
Eu vejo
com olhos cansados
a fome nos ossos,
nos ossos do ofício
dos desamparados...
Eu ouço
com ouvidos alerta
o som das barrigas,
o choro silente
de quem erra e acerta,
do ser diferente,
que é gente somente!
Eu provo
o sabor da injustiça,
o gosto-desgosto
das dificuldades...
e engulo mentiras,
sabendo verdades!
Eu toco
no que guardo de pura,
no meu eu escondido
e o percebo um amigo
em eterna procura...
Eu sinto
que o buscar incessante
pelo que não entendo,
pelo que não está perto,
me transforma no errante
mais lúcido e certo!
Carinhosamente,
Íris Galvão.