Jovem...muito jovem , livre e preso nos sonhos... Nesta eterna juventude a que chamo a mais estranha forma de vida.
Nada dura...nada pesa.
Renasce os nossos pensamentos em quartos fechados... a chave perdida é difícil de encontrar , lembra-te que acabas-te de a engolir.
O corpo trabalha...as veias gritam.
É triste saber que estou longe de chegar ao ponto que quero estou tão longe e aparte deste Mundo e Sociedade... procuro constantemente por algo que me alimente , aos poucos vai-se escapando do meu coração o amor que procuro...talvez esteja a esquecer o passado dum amor perdido.
Nada procuro , nada sinto... mas gostava de voltar aos dias do meu orgulho , sentir-me bem ao vaguear sozinho sentir a noite e ouvir o som da minha chegada...o vazio da vida.
Por momentos vejo algo surgir... talvez esteja a voltar novamente os sentimentos perdidos preciso de mais forças para continuar. A mulher que não me diz nada...o seu rosto a sua alma , estou ausente de carência é como uma doença...febre de prazer fisiológica.
Gostava de parar por momentos e olhar para os olhos de alguém... sentir um pouco de toque real , mas é tarde para surgir novamente algo puro. Gostava de dar mais...mas é difícil a fragilidade dos dias , os pensamentos inseguros , o medo do que já prevejo ou aquilo que vou sentir sem controlar os impulsos do meu corpo.
Ao menos algo já vai fluindo naturalmente... é bom sinal mais sei o quanto custa permanecer nesse estado gratificante. Deitado , sempre deitado numa esperança duradoura da alma... da vida que quero ter...do Homem que sou feito com o decorrer dos anos numa conquista sem nome e identidade ou razão do sentido das coisas.
Sinto que já nada é como dantes , é difícil...impossível de realizar novamente sonhos e memorias desfeitas. Que o vento as leve neste meu sopro como uma mensagem de socorro ao Amor... ternura...aceitação , Amizade e identificação com o meu ser.
Espero...não quero alcançar.
Só quero ficar e deixar-me ir por um reflexo solar na agua calma ao entardecer...
"Lé-me , ó Leitor , se te agrada ler-me , porque muito raramente regressarei a este mundo."