Da alegria formou-se o pranto
E a magia tornou-se espanto
Dor de quem amou tanto
É a canção que hoje eu canto
Respiro um ar poluído, sufocante
Violento-me a todos os instantes
Lembrando dos meus medos incessantes
Desespero para não viver como antes
Um passado não é referente
Quando se vive o presente
O futuro não pode esta ausente
Planta-se, do que você já colheu, a semente
Quem acredita simplesmente
Nunca se surpreende
Porque não cultiva nada diferente
De forma fulminante
Volta àquela solidão desgastante
Cultivada com aterrorizantes
Cria-se o fruto decepcionante
De um submundo desinteressante
Onde o amor fascinante
Transformou-se em lamentos dissonantes...
C.H.A.F.