Não queria acordar, um dia,
num saguão escuro,
e descobrir minha sombra esvaída
a resvalar na encruzilhada do poente,
ou então, moribunda,
numa poça suja da valeta,
acorrentada a um corpo decrépito.
Não queria acordar, algures,
num agonizante dia de Outono,
sem antes me libertar
da imensidão sufocante
deste ciclo vicioso.