Passeio meus dedos por entre
a terra molhada,
planto uma árvore como não só
e vêm os primeiros pássaros
curiosos com os meus passos.
Pousam levemente numa árvore
ali por perto
e observam a menina árvore
e seu condão
singrando ao sol da primavera.
Descanso meus olhos enquanto
o sol doira no céu
prata e ouro se confundem
meu sonho tem mil cores
que estas árvores me dispensam.
Árvores bêbedas de calor
anseiam por um pouco de água
levanto-me e dou de beber
a todas elas, principalmente
à mais pequena
Que se refugia na sombra das mais
velhas e sábias árvores do condado
onde eu durmo meu sonho à beira-rio
com forte influência
para com as árvores circundantes.
Agora tenho uma floresta só minha
que a árvore que plantei já cresceu
e guarda nos seus ramos os
primeiros ninhos
que ali fizeram casa.
Deixo cair o livro de minhas mãos
e observo como é rica a natureza
ainda há dias um bolbo agora uma árvore
adulta… raso meus olhos na água
e saro a ferida.
Jorge Humberto
23/04/10