Como os anéis de Saturno,
Rodeias-me...
Como um barco sem rumo,
Atracas-me...
E sem alertas,
Ao teu corpo me apertas...
Sem qualquer respeito me usas,
E com tempestades de amor
Me lambuzas,
... e me alicias...
E me arranhas e me mordes
Sem dor,
E me beijas com certo furor
...que vicia...
E trocamos sussurros
Indecentes,
Seqüestramos mutuamente
Os nossos corpos,
Que tomados por deuses,
Suados, se colam
como siameses...
Enquanto anjos em revoada,
Nos purificam
Com uma chuva sagrada,
Sem ver...
Que os santos
Imóveis nos cantos,
Abençoam o nosso
Prazer...