Viajo no brilho
Do olhar ausente
Que me rodeia ...
Desnudo os horizontes
Do corpo sedutor
Que me anseia...
Sou prisioneiro
Declarado
Em tua teia...
Vou rumo norte,
Remo e rio
Da morte...
Pegadas de sangue
Lavam o grito meu
Que ecoa...
Tonteio, esvaio,
Tropeço no próximo
Desmaio...
Exausto me deito
E vejo tua mão
Num sinal em cruz,
Tocando meu peito...
E eis que o sangue teu
Do qual me aposso
Enche minhas veias,
Transfugido
No beijo nosso...
E abençoado
Com teu abraço
Eu sobrevivo
porque sou amado...