Queria que meus olhos fossem esperança
Solidários e firmes de confiança
Sem que se esvaíssem de pranto.
Queria libertar as palavras
Aprisionar as minhas mágoas
Transformá-las num doce cântico.
Queria que tu, sem escutá-las
Sentisses que Jesus te embala
Num salmo de amor infinito.
Queria que minhas mãos desnudadas
Unidas em preces silenciadas
Levassem a Jesus este meu escrito.
Mas que sai de mim?
Espasmos de dor, num caudal desenfreado
Que sucumbe rendido ao que sei que tu sentes
Choro as lágrimas do teu olhar magoado
Se me dissesses que não choras...saberia que mentes!
Fragilizada, ponho a nu o que sinto e sou
numa clarividência, de que pouco te ajudo ou dou...
Elevo por ti, a Jesus, a minha prece
Rasgando o silêncio num grito de entrega.
Oferto-te à Mãe, que no Seu manto te aquece
É nesse amparo que minha alma sossega.
Por uma amiga...