Poemas : 

«« Dor ««

 
A dor é arame farpado
É lençol e até mortalha
É um ser amedrontado
É braseiro na fornalha

Quem dera prender a agonia
Que carrego sem se ver
É translúcida esta ulcera a doer
É dor insípida e fria
Quem dera deita-la a arder
Num braseiro de carvão
Em ácido em abolição
Talvez assim se pudesse ver
A dor cravada a moer
Que carrego no coração.

Antónia RuivoOpen in new window


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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/04/2010 17:29  Atualizado: 21/04/2010 17:29
 Re: «« Dor ««
Eu diria que o teu poema re(a)presenta a visibilidade da dor bem visível (licença para a redundância), embora o eu lírico pense que não, que só de uma forma drástica e violenta, se possa perceber quão intenso é o seu sofrimento.
bjs
nuno


Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 21/04/2010 18:20  Atualizado: 21/04/2010 18:20
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Localidade: Cabeça-Boa - Torre de Moncorvo
Mensagens: 2325
 Re: «« Dor ««
...
olá antónia

A dor é arame farpado

Talvez!
Assim !




Beijo


Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 21/04/2010 21:10  Atualizado: 21/04/2010 21:10
Colaborador
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Localidade:
Mensagens: 6700
 Re: «« Dor ««
Em versos fortes a dor nua e crua, Antónia.
Bjins, Betha.