Poemas : 

«« Abro a boca ««

 
Abro a boca
Escancarando-a ao mundo
Estico o peito num gemido profundo

Se te parece coisa pouca
Espreita o meu caminhar vagabundo
Desnorteado pelas valetas
Onde apodrecem os loucos
Aqueles a quem chamam poetas
De coisa nenhuma, vestem-se de arestas
Polidas com lágrimas e ouvidos moucos
Escrevem, escrevem sem artefactos
Parecem não saber que a escrita é besta
Que parte apressada em linha recta
Acerta no alvo, e nos lábios
Entre-olham-se risos e choros
Nos lábios de um poeta louco
Não adormece palavra

Abro a boca
Escancarando o pensamento
Deixem-me rir feito louca
Daquilo que escrevo e lhe acrescento.


Antónia RuivoOpen in new window


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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
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Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/04/2010 22:07  Atualizado: 20/04/2010 22:07
 Re: «« Abro a boca ««
Deixa-me escrever este poema, poetisa, e partilhar essa loucura... e rir muito!
bjs
nuno


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/04/2010 08:35  Atualizado: 21/04/2010 08:41
 Re: «« Abro a boca ««
muitos abrimos a boca mas poucas dizem como essa
gostei do poema e das valetas
Bj.
Albertos