Poemas : 

«« Eu e a cadeira ««

 
Apetece-me ficar sentada
Esperando que seja tempo
Talvez, me chames inactiva
Engano é apenas o momento
De ser indutiva

Entrei numa dormência sem sentido
No tempo que me sobra
A todas as horas lhe acrescento tempo
Por isso apetece-me ficar sentada
Como quem espera alimento

Já sei, vais dizer levanta-te
Meu amor, a cadeira não me deixa
Faz um enorme banzé
Refila e até faz queixa
Ao tempo num lamiré

Apetece-me ficar sentada
Há espera que seja tempo
De correr contra a nortada
Que gira em movimento
Brusco, em rajada desnorteada

Por isso meu amor, deixa-me
Tomou conta de mim em dolência
Um emaranhado que me tira a fé
E a cadeira é a amarra
Que me sustém além

Do tempo em que espero
Meu amor, não me olhes assim
O tempo é curto, eu sei e quero
Acrescentar-lhe por ti e por mim
Longos minutos, aqueles em que te espero.

Antónia RuivoOpen in new window


Ler mais: http://escritatrocada.blogspot.com


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
733
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.