Finge que sente
Para qualquer vida mente
Sua própria loucura entende
E aos loucos surpreende
Do desespero nasce a semente
Com a imaginação, torna-se vidente
E com a dor mais presente
Forma-se uma vida deprimente
Que num leito escuro se estender
Regado e cultivado raramente
Dá-se o mesmo fruto, hoje ausente
Do que foi felicidade, realmente
Criou-se o vazio permanente
Um jeito consciente
Espúrio, latente...
Com a morte a sua frente
Congelou de forma diferente
O que era simplesmente
Um amor ardente...
C.H.A.F.