Minha sombra escura
Mais negra que a negridão,
Talvez uma côr pura
Olhada pela solidão.
Pois somente minha identidade
Não revelável em papel,
Pois não há capacidade,
Espesso como mel,
Da mesma forma que não há
Tão espesso suporte,
Minha identidade pesará
Derrubando-o até à morte.
Nem minha voz, nem minha aparência,
Nada meu constituinte
Mas não escondo minha sapiência
E não deixo de ser ouvinte.
A arte é um mundo à parte