Poemas -> Tristeza : 

A criança de olho árido

 
Responde-te um caminho seguido
Símile ao longo de cachos chiste
Viçosos vindos pó por urnas
E ela pergunta se também viste
E ele refém mata procuras
Dele morto já não resiste
É sangue que nele morre desbotado na cor
Útero de escrava pedra
A criança de olho árido olha e de mundo prospera
Entre a geada de palavras sem unhas
Chama sabida numa letra discreta
Findo numa morte por todos bem-vinda


«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»

Agostinho da Silva

 
Autor
bruno.filipe
 
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