Poemas :
Long Play (Sonho de Vinil)
Ó ciranda negra e reluzente que me encanta!
O vício da agulha que assenta e penetra seus sulcos
a encher-me de prazer e conduzir-me à eterna dança
na música que amo entoando doces absurdos.
Um rito suave e frenético de dupla face
a exprimir os sentimentos espirais rítmicos
em giros a acústica da clave em entrelace
nas curvas atentas de meus sedentos ouvidos.
O clamor de meus ídolos, assim, eternizados
que fizeram de sua vida, sua arte, sua signa.
Com a capa, a foto de seus rostos faço um belo quadro.
Lado A, LAdo B, faixa-a-faixa eu flutuo,
na trilha sonora que sempre regeu a minha sina,
no presente, no passado, sendo incerto o futuro.
Rio de Janeiro, 24 de junho de 2003.
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