Tenho uma mão cheia da areia
que vai ficando pelo caminho,
pegadas que ficam numa ideia
de um louco sozinho.
Vem comigo, vamos andar,
por ai, por lado nenhum,
apenas sentados, vamos voar,
para lugar algum.
Dá-me tua mão, entrega-a sem segredos,
pediu-me Deus, por ti, silêncio,
de joelhos me entrego sem medos,
abro os olhos ao sopro do arrepio.
Em todo o meu escrever,
crescer é lema,
viver, aprender, ser,
em todo o meu poema.
Uma mão vazia, sem nada mais,
nem tu cá estás, foste embora,
vem outra vez, para onde vais,
eu espero ainda por ti, já me perdi na hora.