Em meu coito te acolho flor
desabrochada pela manhã,
visto-te de nardos e de urzes,
os mesmos que fazem os
sonhos
quando chamamos o sonho
à nossa beira para se
inteirar de nós.
Acordo-te com um beijo
que aflora ao de leve nos teus
lábios,
parecendo-se com o cetim
quando ambos se tocam,
embriagados de amor
e de flores silvestres,
da cor das tuas vestes.
Flor de bem despertar,
acordas para a manhã
com um sorriso nos lábios
e o sol adentro no quarto
faz figuras melancólicas
brincando de sombras
com os nossos corpos,
embebidos de luzes e de sedas.
Jorge Humberto
13/04/10