Quis ser ave e cortaram-me as asas.
Quis beijar o céu e cerraram-me os lábios.
Deixaram-me o chão frio da tristeza
E o choro amargurado da chuva.
Quis ser um rio, destruíram-me as margens.
Quis ser árvore e cortaram-me o tronco.
Deixaram-me as folhas caídas da ilusão
E o mar desgrenhado da loucura.
Porque choro, porque rio ou grito,
Só eu sei, só eu sempre o saberei,
Neste quarto escuro onde medito.
Nada me resta, sou a flor de uma palma…
Esquecei-me! Pois não mais chorarei,
Por vós, que me levastes a alma!
Fui à floresta porque queria viver profundamente,sugar o tutano da vida e aniquilar tudo que não fosse vida.E não,ao morrer,descobrir que não vivi. (Dead Poet Society)