A DEUSA DA DOR.
A Deusa da Dor, morre em meu coração
Negro de diamante sangrento
Coberto de véus espectrais, consumida pela minha ira e dor, despe-se da infinita alma.
Chora Deusa da Dor, pois nunca foste amada, chovem sobre ti punhais de fogo
Bebe o sangue da morte, sorris mil espinhos de dor e tortura
Consumida pela dor, ainda és bela como uma montanha asteca, da vida.
Deusa da criação, choras-te quando me tiveste
Na tua mão sagrada e infinita como água ferida.
A Deusa da dor não chora consumida pelo ardor da paixão violenta, dama fervente
Nascente inconsequente, alma ferida, fruto carente, estrela apagada, espirito de amor imortal
Que não sente mais do que a sua própria ferida, chora, chora, chora, com mil punhais de veneno na tua alma
Teus lábios chamam teu amor ao vento, sem seres amada por nenhum deles.
Deusa descrente, mulher ferida, alma abandonada, veado caído, machado desprevenido
Espirito preso na sua própria chora a deusa da dor, a minha triste e só alma
Perdida ao vento de prata, que qual Vampiro suga a minha alma.
Chora Deusa da Dor, crucificada por Deus e os Deuses das profundezas em coração anda no chão.
Desprendida do céu, beija o espirito infernal e o convida a ela o amar
Agora sabes o que é a dor meu terno e doce amor,
Qual botão de rosa manchado em meu coração
Ficou fechado na minha mão.
Aradia fortunato
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