é num momento de silêncio
que a aurora do meu tempo
se apaga dentro do meu olhar
fico triste em saber
que cada instante
onde fico perdido nas lembranças
meu caminho se fica vagando pelo tempo
não consigo carregar o sentimento
o peso pela palavra é forte demais
ao ponto de me machucar
sobre feridas que ficam dentro do meu peito
valem menos que um sorriso
quando não posso ter o afeto
nem a compreenção
do coração
ao expressar as coisas
que vem do sofrimento
meus olhos ficam sempre ao chão
pois quando sofro
não é pro céu que olho
e sim pros meus passos
com efeito negativo
infedinidamente tão pouco
estaria eu ocupando
todo meu corpo concebendo-me
somente a raiva encubada
e ao invés de viver e preservar
apenas fico mais sucinto a tudo
enclausurado em todo meu espaço
guardadando toda recordação
do meu mundo vivido
passa-se o tempo a cada um
a vontade e nada mais me importa
no meu imenso repouso
preso aos poucos me acabando
nos singelos pedaços da minha estrutura
aceito me penetrar no firmamento
sabendo do meu profundo silêncio
melhor assim na serenidade
eu permaneço com a palavra na mente
do que me atirar com a alma sobre
a essência da palavra amor
que faz da sobrevivencia
a necessidade pela razão.