Pedágio da vida
Pra na vida seguir a estrada do mundo
Pagamos um pedágio a cada segundo
Que no livro da vida estão a marcar
Se a gente não paga, não vai adiante
Por que na estrada, a cada instante
Alguém na guarita nos pára a cobrar
Se paga pra sorrir e também pra chorar
Paga-se na alegria e para se lamentar
Pois a registradora marca e não erra
Se do nada viemos para o nada vamos
Mas é dessa forma que nós carregamos
A cruz desta vida, aqui nesta terra
O guarda-destino, com sua arrogância
Vai nos percebendo de muita distância
E nos vai parando, a fim de fiscalizar
E manda abrir toda a nossa bagagem
Para assim seguirmos em nossa viagem
E ao nosso destino mais breve chegar
Logo ao nascimento o gasto começa
O primeiro bicão vem logo depressa
E tudo se paga para dar mais sorte
Para o ferro-velho nos leva guinchado
E o valor mais alto aí é nos cobrado
Pois aí é que pagamos a taxa da morte.
jmd/Maringá, 13.04.10
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