Sem frases feitas, a boca perfeita e torneada, rubra e entumescida de pecado: devassidão, um lábaro de palavras silenciosas. Um triste palhaço alcoolizado anseia nas trevas íntimas pela delícia onírica de um beijo. Cômico e parvo assassino! Do amor: ossos, restos moribundos, intrépida carcaça; frases enlevadas ao vento ecantaroladas por trovadores pelos sete continentes... Os versos picotam e se calam na escuridão, afundados no musgo de um ventre da plenitude feminina.
São Gonçalo, 2004.
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