Não passou muito tempo até que nos voltássemos a encontrar, pois estávamos ali – como disse antes os dois – constantemente, mas agora o tempo escorria por entre os dedos como a areia fina das praias, onde passeámos juntos e o mar albergava os nossos corações com o som inconfundível do rebentar das ondas sobre o tom acobreado do areal.
O nosso olhar reflectia – ao que sei até hoje ser – Amor, em cada piscar de olhos perdi a oportunidade de contemplar a sua beleza e mesmo em silêncio compreendíamos instintivamente o que certamente iria acontecer.
Porém nada aconteceu.
Na minha cabeça, pensei estar rodeado de paixão mas tudo desapareceu tão rapidamente em relação ao que o meu Amor sentia por mim como o final deste conto.
FIM
“As mãos de um louco não dizem pouco”
Manuel Rodrigues