A minha poesia reflecte-se (qual espelho), a partir de um feixe condutor, formado por intenções válidas, ramificando-se em palavras diversificadas com significado próprio e um sentimento muito íntimo e personalizado...
Cada momento que me olho no vidro que reflecte luz e cor e gestos brandos, difusos, imensas vezes absurdas sensações, fantasia pura e crua, sinto-me envelhecer...
Imensas vezes a figura sinistra que me olha com olhos sérios do outro lado, da dimensão contrária, ilude a minha gasta vista, dando-me a ilusão barata de que algo não mudou nunca, mas todos os dias desconheço mais e mais, quem é este ser cruel, que me arrasa e vence com fantasias e camadas de culpa sentida e me embriaga de perfumes fétidos, que os outros gostam, absorvem e até elogiam...
Afinal... o que é que isto tudo tem a ver com poesia?!
Pfff..... insólito reflexo!
Faz-se tarde, o trabalho espera-me, sempre. Graças a Deus e a mais alguém!!
Malafaia 2010-01-20