Mãe é essa colorida explosão
de incondicional e inconfundível amor,
um manancial de lágrimas
sempre prestes a brotar num súbito,
adentrar o mar revolto e emergir sereno.
Mãe se faz escudo pela vida amada,
seu filho é o tesouro pelo qual luta,
mata até se necessário, enfrenta a morte
sem resquícios de hesitação,
doa-se por inteiro para vê-lo feliz.
O coração materno tem o ímpeto guerreiro,
a alma disposta a cegos sacrifícios,
mãos de mães não receiam calos
e seus pés não medem distâncias
quando há possibilidades se caminhar.
Não existem mães apagadas nem sem cor
pois elas tem o brilho que só Deus vê
e o tom multicor de intensos arco-íris,
porque tornar-se mãe é dom sublime
que transcende o nosso entender pueril.
Ah mamãe, mamãe, é doce chamá-la assim
e vê-la em minha direção para o abraço,
vislumbrar o nascer do seu sorriso terno
a espalhar-se como flocos de ternura
que fazem do mundo um instante maior.
Embranqueceram seus cabelos lindos,
já grisalham os meus e ouço meus filhos
chamando-a de "vovó", mas para mim
você será de modo perene apenas mamãe,
de cujo puro amor bebi criança e adulto, feliz.
Gilbamar de Oliveira Bezerra