A sala encerra gritos inocentes,
No meu cérebro
O teu corpo aquece-me,
Brisa forte lá fora, saboreio o teu gosto,
Ainda não chegaste aqui
A este lugar,
A este ermo de emoções…
A angústia alimenta o desânimo,
Olha… trazes-me confiança, sabes!?.
Conto os momentos, (que tormentos),
Atado, preso à delícia de um sonho
Neste lugar,
Neste refúgio de piedosos gestos…
As nuvens do pensamento adensam-se,
Neste tempo de palavras – vida, ver-te,
Silêncio, nada.
O sono completa o drama,
De um homem que chora quando ama,
Por este lugar,
Por esta ilusão encardida.
Na sala devastada pelo silêncio,uma ténue miragem esfuma-se...
Na angústia incessante que o coração encerra,
Pressinto a incrível sensação de teres passado por aqui…
Quem és tu ninfa edílica que me visitas?
Ou Dionisus que me presentea com a sua visita e me alimenta a alma com um toque mitológico de loucura.
Nas profundezas da sala, algo se agita ao fundo e me estende a mão exitante,
(Olá solidão!
Por escassos instantes esqueci-me de si!
Venha… vamos…)
Malafaia
2010-01-26