SINOS DA NOITE
Os sinos do amor já tocaram, nessa vastidão de Isis,
As colheitas de trigo já começaram,
Vai nevar ouro branco em nossos olhos,
Os sinos de prata já tocaram a dança dos ventos,
E acordaram Aine Rainha das Fadas.
Rubro lábios carmim, bebem sangue por mim.
O sangue das papoilas quentes,
E dançam todas em circulo em volta dos girassóis,
A Oeste já chegou Primavera, porque choras nuvem da encosta?
Talhados pela mãos dos sinos do amor,
Continuam a tocar, não o amor, mas lembrança de quem já amou,
Se apaixonou e já casou.
Só eles tocam pela noite de prata enevoada,
Onde o grilo não mais canta, o mocho pia,
O homem soluça e a Lua já se desnuda.
Aradia fortunato