Screvo à beira mágoa do meu sonho.
Bóiam meus pensamentos olvidados.
E sou de todos e de ninguém e ponho
Em versos este poema desordenado.
O que seria de mim sem a poesia,
Nada nem ninguém, por certo.
Palavra inútil, como inútil é o dia,
Em que, escrevendo, serei decerto
O que vai na vida sem ter a haver,
Dos outros a atenção merecida,
Pois que é deles o último parecer
Como minha a palavra oferecida.
Jorge Humberto
21/07/07