Tudo o que vejo e sinto,
ponho no caderno a qualquer momento,
está tudo lá, não minto,
um dia deito as folhas ao vento.
A inspiração sou apenas eu,
tu vens e vais, são várias a forma tua,
eu inspiro-me em tudo o que é apenas meu,
tu não és única como as fases da lua.
Vens com nomes diferentes,
de olhar encantador, de qualquer cor,
falas muito, até que mentes,
quando me dizes que me vens com amor.
Tudo o que me falas,
nada mais me diz respeito,
oiço gritar, não te calas,
a chave perdeste-a, essa de meu peito.
Quero ser como um grão de areia,
num qualquer quente deserto,
nada me influencia a ideia,
e sou apenas eu, por certo.
Tudo o que está escrito,
é tudo o que sou,
não mais me irrito,
agora que tudo se calou.