Ah, não me pergunte sobre as rosas.
Nem daquelas de pétalas tal carne desnudas
que ao toque tênue da brisa desabrocham.
Rosas vermelhas, pálidas e cálidas,
rosas brancas que embelezam os túmulos
transformando lágrimas em murmúrios
velando a face ríspida inválida.
Mas não me pergunte sobre as rosas.
Nem daquelas que despedaçam ao coleio do vento
e que quando nuas não mais desabrocham.
Rosas negras, falsas ou sinceras,
rosas que murcham ao grito algoz do tormento
e que dançam na noite ao relento
com as pétalas carnudas expostas.
Rio de Janeiro, 07 de abril de 2000.
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