Poemas : 

Quanta democracia

 
Abaixo, de certo, com folgas,
sem estruturas errôneas se é que lembro.
Bem estática e paralelas ao pensamento,
acima de jardins e imagens compostas.

Com sombras, sons aos sopros, retas,
diante do abandono escolhido, agora estranho.
Se de fato findava em foz de fogueiras?
se diante danava descalço?
Se adiante ditava despido democracia?
 
Em concreto seco sem cores
desenhava com gesso a base selada,
e ainda esperava rigidez de aço?
E se a chuva anunciada trouxesse mais do que água?
 
Com turvas clareou a busca,
Com os gravetos estruturou o telhado,
Com barro, molhado, o chão.
E ainda se questionava pela presença dos sopros,
Que não cessaram de cobrar.


Fabiano Reis




 
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FabianoReis
 
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