Luso-Poemas
 
Poemas : 

Desencanto

 
Noite, miserável, solitária, noite!
Da lágrima ardida sorvida pelo orgulho,
na crepitude de um viver lastimável
onde nas trevas de meus passos eu mergulho.

Ser o cão vadio das esquinas imundas,
vagar a sós e transmutar-me em sombra morta,
perder-me em ilusões em que a mente mergulha,
errar de casa, bater de porta em porta.

Pela noite eu ei de perder-me mortificado
com o ressecado destilado na garganta.
A escuridão recebe os meus pés calejados
na trilha em que minha vil vida desencanta.

Niterói, 17 de agosto de 2003.

Leiam o meu blog e comentem:

www.romulonarducci.blogspot.com

E mais (blog do evento Uma Noite na Taverna):

www.manifestotavernista.blogspot.com

 
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RomuloNarducci
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Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 08/04/2010 00:43  Atualizado: 08/04/2010 00:43
Colaborador
Usuário desde: 03/11/2007
Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: Desencanto
Mais um exemplo de como um tema tristinho s transforma numa bela poesia!Bem escrita, bem montada, rimas impecaveis!Voce e um bom poeta, viu? Um 10 pra voce.Merecidamente!

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