Sonetos : 

CATEDRAIS

 



Numa visão de priscas catedrais,
imensa paz eu senti no meu espírito.
Sob a penumbra em cores dos vitrais,
elevei o meu cântico ao infinito...


Perante o templo de eras ancestrais,
de translúcidas cores, tão bonito,
num retinir de taças e cristais,
Postei-me em oração; olhar contrito.


Nesse êxtase de funda devoção,
plena quietude e paz no coração,
eis que me perdi em doce labirinto...


Ao soar de um sino vi uma saída;
de belas catedrais eu voltei à vida
e me restou somente a dor que sinto.




 
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Ravatsky
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