Anoitecer na fazenda
Vejo passear no céu uma estrela cadente
Ao soprar o vento as folhas se balançam
Há no ar um langor que inexplicavelmente
Parece que vem me encher de esperança
O claro do dia se apaga tão vagarosamente
Há um couro de cigarras na borda da mata
Neste momento recordo tão tristemente
O último adeus que me deu aquela ingrata
E assim aos poucos a noite vem surgindo
A escuridão quer tomar conta de minh'alma
E vaga-lumes pelo caminho vão me seguindo
Daí a pouco vejo a lua cheia se levantando
Clareando toda aquela colônia rude e calma
Aí, tento matar minha saudade, cantando.
jmd/Maringá, 06.04.10
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