Poemas : 

Fora dos campos

 
Desenganos sopram do fim da tarde em grandes
Campos de vacaria, carros que passam, em teu horror.
Trânsito insuspeito, travados, reles, deselegante.
Descuidado, estância de ressacada de rio, raio de temor.

Acaba com um sentir, desprevenido, solto,
Fala de fins soprados em sol penetrou vermelho
Derrota flagrante, loucos de vinho morto.
Seus olhos disseram não, acenava casaco negro.

Com vento, balança, na boca, canta, o fogo, o corpo.
Deságua rio, pois diz eterno, ainda que não vida.
Voa com direção, mas baila sem chegar ao porto.
Andavas, tropeçavas na lentidão da avenida.

Era normal, suas subidas, raras ruas, paradas de sinal.
Os jornais, bancas, bancos das praças, o fim da tarde.
Lutam, ladeiras, preces perdidas, caminho tão leal.
Já não chora, não leva de volta, às 13 horas em parte.


Fabiano Reis




 
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FabianoReis
 
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Enviado por Tópico
DianaBalis
Publicado: 06/04/2010 12:35  Atualizado: 06/04/2010 12:36
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Mensagens: 535
 Re: Fora dos campos
Excelente texto, reflito: Um caos a chuva no Rio e nas cidades. Essas estruturas cálidas e pálidas, nesses engenhos inseguros. Viver é ter riscos a percorrer, bom dia. Beijos.