Éramos dois corpos nus,
No chão deitados...
Dois corpos nus e salgados...
Lá fora o mundo se movia
Enquanto respirações se ofegavam
Enquanto redemoinhavam
Vapores que exalados de
Nossa fraca epiderme
Fazia ser mais rico
Os perfumes do nosso sexo
Pelo ar...
Hum! Cheiro de sexo no ar!
Era todo um só tremular
Esses dois corpos nus...
Dois corações felizes e saltitantes
No frenético movimento dos púbis
Nossos olhos se entrecruzavam:
Eu via o brilho do metal do seu
Olhar...
Brilhava como vagas de um mar
Que criei enquanto você dormia!
Era seu o meu corpo nu!
Violentava meu sexo e minha alma.
Agora quero que seja a mão que me
Guia pelos meandros dessa estrada da vida...
Que seja a ave que me leva em suas asas
Para que juntos possamos tocar o céu...
Azul...
A serpente venenosa que me abraça
Que me aperta e que me afaga até
Cerrarem os meus olhos pequenos
Até que minha gigante boca se abra
Para que possa pingar o fatal veneno!
Penetre em mim como adentro você
Aquente meu corpo, inflama minh’alma
Transporte-me por águas boas e calmas
Que hoje quero contigo mais cedo adormecer!
Quero aninhar-me em seus longos braços
Enroscar meus dedos nos seus-meus cabelos
Num átimo de um segundo ir contigo pelo espaço
Nesse momento maravilha que nunca irei esquecê-lo!
Te amo! Beijos!
Gyl Ferrys