Quando se afoga sufoca só os olhos de tão cegos,
Mas cobre o talhe na testa,
E descobre nos lábios o calado da fresta que atinge,
E escorre no corpo a água que eu poderia ser,
Ou quis ser, não sei se resta tanta em volta.
Para te fechar as pétalas e enrubescer,
E num derrame pela terra como semente brotar,
Eis que te quebra o arco da promessa
E não há água para te dar pulso e este se abre em fresta.
Deve existir ou então porque se abala tanto?
Ou aquém se declara? se esta em carreira ou em vôo.
Mas assim, por suas rupturas se vazo eu.
Ou se esvai a água que devia ser ou entornar.
Mas ainda busca no desespero as beiras,
Mas em nenhum mar elas estão ao alcance.
Nem no Atlântico, nem no Pacifico, nem no mar de Xaraés.
Então figuras na terra encharcada,
Antes seca pela sua falta e agora morta tão cheia de ti,
para se declarar em água de enxurrada.
Fabiano Reis