Nós nas nossas mesas barulhentas,
Eles cortejando copos vertidos,
Vós penteando peles ferrugentas,
Tu e eu com delírios perdidos.
Todas as manias e tantas as portas,
E aquilo que mais importa é vencer,
Vamos esquecendo raízes e horas mortas,
Não nos apressa à atenção vós estares a gemer.
Tu continuas a olhar o fundo do rio,
Ele não larga o promíscuo humor,
Ela deseja destapar o mundo e com um fio
Eu interligo fluidos no buraco do amor!
Por onde sai é por onde entra,
Muitos dias nada queremos,
Muitas horas jogamos às cartas,
Por aqui, despimo-nos de roupa, por aqui, amamentamo-nos em vazios…
Vamos penetrar a língua em doces,
Doces cozinhados na febril madrugada,
Já assumimos um trono do elitismo assediado,
Na terra de porcos de focinho enfeitado.
Autor: Mosath
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