Poemas : 

Psicodelícia

 
Nalgumas ocasiões ele sabia
Possuía a mais resoluta certeza
Possuiria enfim
Se não fosse ela quem o possuísse.

A verdade era relativa
E todas verdades eram parentes
Paternalidades partilhadas
Brincávamos de deuses
Criando o impossível da arte
Em ranhuras tranquilas das amizades.

O sopro vinha rasgante
Mas não tardava cessava.

Curtos ciclos
Curtas saias
Cultos cultos.

Nalgumas raras
Excelssas
Ocasiões inesperadas
Exalava o mais doce
Alvorada da sanidade
Déspota demente sanidade!

Ah pirata trêbedo
Fúrio de moléstia fácil e frouxa!
És um sidarta
Ou apenas mais um filhinho da mamãe?

Parcas respostas
A vida agora era outra
Em códigos de barras
E pândegas barradas no baile
O normal agora ser perdido de si.

Então na sóbria esquina
De repente tudo era luz
Tudo era música intensa
Perfeição metaritmética
Sonho lúcido do existir.

A restaução era imprópria
Apropriava-se
Um estupro que inspirava gratidão tardia.

 
Autor
alikafinotti
 
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Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 05/04/2010 22:42  Atualizado: 05/04/2010 22:42
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Psicodelícia
Há que se ler com mil olhos as suas palavras, Ali.; e bebê-las como se de um alucinógeno de tratasse. É o que gosto de fazer.
Um beijo desta sua fã.