Hoje caiu uma coisa do céu...
Por acaso, apanhei-a.
Não sei se era destinada a mim ou não,
mas não importa.
Teve o efeito desejado, efémero e duradouro...
Nutriu em mim um desejo forte e breve
Que culminou em nada e em tudo.
Fez-me lembrar o passado, odiar
o presente, e esperar pelo futuro.
Qual fracção de segundo, desapareceu
para sempre, deixando uma estranha ressaca,
causada pelo excesso de nada...
Mas como qualquer outra ressaca,
Diz-me que o pior já passou
E que, por agora, basta esperar.
E se não for muito inconveniente,
agir.