Como o sangue que flui nas veias e artérias,
Os versos fluem como vivos testemunhos
De um tempo de cenas de violências
De toda sorte, de mãos se armam em punhos.
Das épicas batalhas abertas, Cruzadas,
Às modernas e cibernéticas Guerras
Silenciosas no abismo das desigualdades,
Ou ruidosa na produção de iniqüidades.
Como traçar um paralelo entre os
desígnios de Deus e as conquistas humanas?
Em busca do óleo negro sob o solo jorra
a seiva vermelha de milhares de vítimas.
Como falar de romantismo
no momento em que o humanismo
é sepultado pelo selvagem capitalismo
e a raça humana caminha para o fatalismo
Em versos aqui registro um pouco de momentos
que marcam a indignação, a revolta do poeta
e, os sentimentos de em cada tragédia
humana, morrer um pouco o coração do mundo.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 2003.