Sonetos : 

A RUA SEM FIM

 



Eu caminhava pela rua, quando,
naquela rua onde eu caminhava,
seguia em busca de mim me procurando,
e na procura meu “eu” se extraviava.


Enquanto eu ia pela rua andando,
o som dos passos, longe retumbava,
e essa rua sem fim se prolongando,
e essa busca por mim me escravizava.


Imerso nesse mundo entorpecido,
maldisse a essa rua, que tornou a mim,
um caminheiro eterno e dividido.


Mas do estado onírico, o despertar,
mostrou-me que era justamente assim,
que eu seguia no mundo a procurar...

 
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Ravatsky
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