Eu caminhava pela rua, quando,
naquela rua onde eu caminhava,
seguia em busca de mim me procurando,
e na procura meu “eu” se extraviava.
Enquanto eu ia pela rua andando,
o som dos passos, longe retumbava,
e essa rua sem fim se prolongando,
e essa busca por mim me escravizava.
Imerso nesse mundo entorpecido,
maldisse a essa rua, que tornou a mim,
um caminheiro eterno e dividido.
Mas do estado onírico, o despertar,
mostrou-me que era justamente assim,
que eu seguia no mundo a procurar...