não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu
meti as mãos por dentro de mim - desci pela espinha que se atravessou no espermatozóide que era poeta - preso pelo polegar contorcia-se - queria ainda correr - ainda tinha esperança de fecundar – asno!. os ovários que conheço já estão em menopausa. deixaram de ser estéreo e passaram a mono - sempre foram. nunca deram um texto de jeito: já que falo de textos os melhores são os corcundas, sempre se pode escorregar por eles, pena que não caia numa sanita cheia de esterco – assim talvez perdesse este meu hábito de tentar ser Santa Isabel. as rosas já não crescem em campos de centeio - um dia raios me parta ponho a notícia no pasquim dos leitores anónimos. talvez posso vomitar de uma vez por todas a aberração das letras que tentam acasalar - como são da mesma família, tudo que criam é louco, dizem que é do sangue – ouvi dizer que é O+ fodilhão. com chumbo - a espinha do pargo é que fodeu tudo. tivesse sido um osso de cachalote e dava banha para acender as catacumbas desta mente. talvez iluminadas soubessem ao menos recorrer à inseminação artificial – com uma seringa e um anzol na ponta tinha pescado o parvo do pargo que sem espinha. não tinha apanhado o polegar e quem sabe tinha engravidado uma barriga de aluguer
- nove meses depois – nascia um texto de esterco O+ fodilhãozinho