Sou um anjo ferido.
Ferido pela própria espada,
Jogado em um canto qualquer
Sem rumo e sem usar minhas asas.
Um anjo-homem
Ferido por um demônio-mulher.
Ceifado como um cordeiro em apatia
Na mais profunda agonia.
Um aparato de servos me ostentam
Ao brado mais triste que me reluz.
Ao esplendor de um pecado mortal
Um mero corpo seduz.
Luz profunda de dor,
Clareia-me com força e rubor!
Vidas lançadas ao mundo,
Sinfonias de um mesmo amor.