Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
No meu interior
Sei que é mentira.
A mentira do homem comum.
O homem mortal.
O homem feito da carne.
O homem feito da pedra.
Do osso. Depois da cinza.
Esse também.
E o monstro?
Irei procriar o monstro.
-A constituição do homem comum.
E faze-lo suar.
Para depois me desprender do seu choro.
Vou-me também, despedir das sombras.
Da embriaguez das mesmas.
Dos seus aromas e cheiros.
Desses outros seres.
Compreendo o que está para além da minha vontade.
Recordar o porque recordo.
E
Deixarei o lacrimal para um depois.
E a neve dentro do meu corpo.
E a neve dentro do meu corpo
Só
Só caindo inanimado consigo o retorno.
Todas as viagens.
Não desejo de alguma forma este talento.
A capacidade de voar entre e dentro das sombras.
A construção de outros cenários
e a desconstrução do espaço e o tempo.
Minha inquietude é este lugar.
Agitado.
Lugar onde me alimento das sombras.
Porque as sombras são o vazio.
Porque o vazio sugere o amanha.
Porque é da ausência que falo.
Tenho náuseas quando me alimento das sombras.
Elas também são pedra.
a solidificação da agua.
E este corpo.
Esta sede do ainda.
Meu espaço vazio.
Meu espaço comido pelo tempo.
Meu tempo comido pela ausência.
Não há mais nada neste espaço quando arde.
Arde sozinho e com ele as sombras.
Os outros personagens de linho.
Assim, me despeço.
Dos ausentes.
Descalço
Esta capacidade de progredir no tempo.
Não há tempo no espaço ausente.
Não há espaço para o tempo.
Já a pedra arde.