Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.
Já é tarde, digo eu.
Enquanto as mãos lavam as poeiras de outras mágoas.
E o corpo nocturno está cansado de ser constantemente usado. Devoradores de plantas ósseas comem a sonolência
E o coração das cidades etéreas.
[E a dor vem em telefonemas de tosse e rouquidão de quem salta o amor.]
Debruço-me assim
Neste vento gélido e deixo que os grãos vivos desta ferida sosseguem-me por momentos.
Como
Gostava que me dessem asas,
Depois que me ensinassem a voar,
Contudo,
Na gaiola passo parte,
Grande parte do meu tempo
e eu Queria
O tempo gasto construído
Com sorrisos
E não com o casco dos cavalos
A pesar-me as asas
[Foi da calcificação da gaveta
Que a memoria ficou com a ferida aberta
E dela
O sangue não parará tão cedo de verter]