Comerei sua carne!
Sugarei sua essência
para o meu corpo!
Te levarei a dimensões
santas e malditas.
Serei o seu maior pesadelo.
Pois sou a simbiose infinita
de suas lembranças imemoriais.
Sou o seu arfar de saudades,
os seus erros, os seus ais.
Comerei os seus olhos!
E não verás horizontes de esperanças.
Vou despojar sua nudez
de sua suculenta carne
e contemplarei sua fraqueza.
E direi:
Ó, criatura erma de morta beleza!
Então, no fim, vencerei!
Como o verme que espreita na terra
com os dons da paciência e sutileza.
São Gonçalo, 2004.
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