Uma linha reta assim
margeando sem parar
Um derradeiro esforço enfim
para não fugir, não hesitar
Nenhuma lágrima a rolar,
nenhum saveiro a pescar,
Não há brisa, ou luar
sem bússola, no mar,
Nada que se possa fazer,
sem saber o que há no ser...
Uma linha reta insiste
em conduzir o comboio terrestre
Todavia, há uma direção
em cada estação
Ficar ou seguir?
ter ou ser?
Questões hamletianas
nas ambivalentes decisões humanas...
AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito em 1975, revisitado em março de 2010.